domingo, 31 de dezembro de 2006
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Luiza Helena: CEO do Magazine Luiza
Blog: Temos acompanhado as mulheres ocupando, cada vez mais, posições de destaque tanto nas empresas como nos governos. Na sua opinião, porque isso vem ocorrendo? Quais as principais características e diferenças entre uma gestão feminina e masculina? E, se ainda existem preconceitos neste sentido e o que se pode fazer para supera-los?
Luiza Helena: Acredito que homens e mulheres têm as mesmas chances de ter sucesso, desde que se empenhem e mostrem seu valor. No Magazine Luiza não há diferenças para homens e mulheres, até nosso número de funcionários é equilibrado. Desta forma incentivamos a igualdade de direitos e preservamos um ambiente de respeito. Acredito que hoje em dia o mercado valoriza muito mais o trabalho das mulheres que provam sua capacidade por meio de muito esforço e dedicação. É claro que ainda há muitas barreiras a serem transpostas, mas já evoluímos muito. Para ter sucesso uma empresa precisa ter velocidade, rentabilidade e qualidade. Neste aspecto algumas qualidades femininas passaram a ser indispensáveis, como a flexibilidade, intuição, processo educativo e interação. Devido a todos esses aspectos as mulheres estão tendo um espaço muito maior porque a elas foi permitido desenvolver essas habilidades. Eu costumo dizer nas minhas palestras que toda mulher tem de conhecer a sua força, junto com isso respeitar profundamente a força masculina. Eu acredito na junção da força masculina e feminina. Quando elas se juntam, seja na educação dos filhos, nas empresas, em qualquer coisa, todos nós saímos ganhando muito mais.
Blog: Já que o assunto é tecnologia. Como o Magazine Luiza encara as novas tecnologias, em especial a internet, para a consolidação de seus negócios?
Luiza Helena: Quando criamos as Lojas Virtuais, em 1992, a internet praticamente ainda nem existia. Criamos esse novo conceito para tornar possíveis as vendas em pequenas cidades, sem termos um custo muito alto com a construção de lojas grandes. As lojas virtuais exigem uma pequena estrutura física, porque nelas não há exposição de produtos. As pessoas definem suas compras por meio de um terminal multimídia. Após termos consolidado essa experiência, criamos, em 1999, o site magazineluiza.com, que hoje é a melhor loja da rede em resultados de vendas. As lojas virtuais e o site respondem por 12% do faturamento da rede.
Blog: O Magazine Luiza possui muitos prêmios conquistados. Quais são os principais? E, a que se deve tamanho reconhecimento público?
Luiza Helena: Há nove anos figuramos entre as 10 melhores empresas para se trabalhar, segundo o guia do Instituto Great Place to Work. Em 2003, conquistamos o primeiro lugar. Todo esse reconhecimento se deve a atitudes inovadoras na gestão dos Recursos Humanos. Em 2006, o Magazine Luiza foi premiado em Caxias do Sul (RS), com o troféu O Mercador, como destaque do comércio pelo Sindilojas (Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul) e o Sindigêneros (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios). Também recebemos o Prêmio Empresa Mais Admirada, do segmento Varejo de Eletro-eletrônico, na 9ª edição da pesquisa realizada por CartaCapital/TNS InterScience. Conquistamos ainda o prêmio O Equilibrista, de Destaque do Comércio, que foi concedido pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de Campinas.
Blog: Queremos começar este assunto, falando sobre as pessoas que compõe uma organização e são responsáveis por seu sucesso ou fracasso. Especialmente, no caso do Magazine Luiza, o atendimento ao público e aos consumidores devem ser uma marca de excelência numa empresa varejista. Atualmente, sua empresa conta com 10.000 colaboradores. Qual é a fórmula do Magazine Luiza para administrar, treinar, motivar e comprometer tanta gente? Quais os valores inerentes a sua empresa e que devem ser incorporados por cada um dos seus funcionários?
Luiza Helena: A política de Recursos Humanos do Magazine Luiza está baseada na valorização do ser humano e na crença da sua evolução. A empresa realiza uma série de programas que visam dar qualidade de vida, capacitação técnica e evolução pessoal, para que as pessoas tenham uma visão de mundo mais ampliada. A empresa tem grande investimento em treinamentos e cursos de técnicas de vendas, produtos e comportamentais. A empresa tem uma série de benefícios. Um deles é o cheque-mãe, uma ajuda mensal de R$ 200 para mulheres que trabalham na empresa e têm filhos de até 10 anos, para pagamento de creches e babás. O Magazine Luiza ainda oferece bolsas de estudos a todos os funcionários que queiram estudar. O percentual da bolsa varia de 20% a 70% do custo total da mensalidade. A ajuda é fornecida para qualquer tipo de formação, desde segundo grau até nível universitário, e outros cursos, como informática e inglês. Também há um plano de saúde nacional, que é extensivo a funcionários e dependentes. O Magazine Luiza negociou um plano odontológico muito bom. Nós temos alguns apoios para a construção da casa própria e casos de doenças graves, por exemplo. Para os pais dos funcionários, negociamos planos de saúde e odontológicos, com preços muito acessíveis. Temos convênios com algumas financeiras e bancos para oferecer crédito pessoal, com juros menores. A retaguarda do departamento de Recursos Humanos é colocada à disposição dos funcionários para ajudá-los nos problemas pessoais. Além disso, nós temos um plano de previdência privada para todos os colaboradores.
Blog: Como é encarada e também disseminada a ética no Magazine Luiza? Na sua opinião, qual a importância e as reais necessidades de uma empresa exercer a ética nos negócios?
Luiza Helena: Internamente temos um Código de Conduta Ética. Na integra, o texto diz o seguinte: “A Comunicação, na Empresa, é aberta e direta a todos. As lideranças têm por obrigação divulgar esta prática, em que os colaboradores podem se comunicar com qualquer pessoa, independente do nível hierárquico. Nenhum colaborador sofrerá pena, punição ou retaliação por denunciar ou testemunhar práticas de má fé ou lesão ao patrimônio da Empresa. Todos os colaboradores da Empresa têm acesso à Liderança (gerentes de departamento, gerentes regionais, diretoria, superintendência). O Magazine Luiza possui uma política de portas abertas.”
Blog: Por tudo que o Magazine Luiza representa no cenário nacional, sua empresa de ser admirada e formar a opinião de vários empresários do setor. Que conselho(s) e exemplo(s) você pode dar a estes varejistas em relação a ética nos negócios?
Luiza Helena: O que posso dizer é que a ética é imprescindível para quem deseja alcançar um crescimento sustentável.
Blog: Para muita gente, a Responsabilidade Social é um modismo passageiro e até uma nova ferramenta de marketing. O que essa expressão significa para você e o que a Responsabilidade Social representa para o Magazine Luiza?
Luiza Helena: O que hoje é chamado de Responsabilidade Social faz parte de nossa cultura desde que minha tia fundou sua primeira lojinha, em Franca-SP, no interior de São Paulo. Sempre tivemos a ética, a honestidade e o respeito aos clientes, aos funcionários e aos fornecedores como premissa básica em todas as nossas ações e decisões. Sempre participamos ativamente nas comunidades onde atuamos, não apenas gerando empresas, mas sendo uma empresa solidária e aliada nas ações voltadas para a melhoria da sociedade. Então, mesmo que a moda passar, continuaremos praticando estes princípios e estas ações, independente do nome que tiveram no passado e que vierem a ter no futuro.
Blog: A Responsabilidade Social é factível num ponto de vendas varejista? E numa cadeia de lojas como é o Magazine Luiza? Como isso é possível?
Luiza Helena: Em qualquer empresa, independente do tamanho, do número de funcionários, ou do ramo de negócio (lícito, é claro), é possível praticar a Responsabilidade Social, na medida em que ética, honestidade, respeito, compromisso com o bem comum cabem em todo lugar
.Blog: E, como a Responsabilidade Social faz parte do dia-a-dia dos negócios do Magazine Luiza? Qual sua importância e motivação?
Luiza Helena: Como já mencionei, são princípios arraigados em nossa cultura. Colocamos estes princípios em prática diariamente, no envolvimento de toda a equipe nas tomadas de decisões estratégicas, nos benefícios que vão além dos exigidos por lei e são estendidos aos familiares de nossos colaboradores, no relacionamento ganha-ganha com nossos fornecedores, na implantação de medidas que reduzem o impacto ao meio ambiente, no envolvimento com projetos comunitários, no incentivo à cultura local, no compromisso com o bom atendimento ao nosso cliente. Enfim, todos os processos de nossa empresa estão permeados pela responsabilidade social.
Blog: A maior ferramenta para a divulgação das Ações de Responsabilidade Social junto aos stakeholders (público) interno ou externo é o web site corporativo. Contudo, existem empresas optam pela não divulgação, como é o caso do Magazine Luiza. Qual a razão por esta opção?
Luiza Helena: Nossas ações são amplamente divulgadas, e somos inclusive considerados, há 9 anos consecutivos, uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, justamente pela conduta ética nos negócios. Publicamos também nosso Balanço Social, e em minhas palestras tenho como objetivo disseminar este jeito de ser. Blog: Para finalizar esta nossa conversa, gostaríamos que você falasse para o estudante de hoje que poderá ser um empresário amanhã, quais são os principais pontos para o sucesso de uma empresa varejista?
Luiza Helena: Tenho dito aos estudantes que o mercado está super competitivo e eles têm que ter uma visão global, entender do consumidor, ser humilde e saber lidar com pessoas.
Blog: Parabéns pelo sucesso empresarial alcançado por você. Obrigado Luiza Helena por tão simpática entrevista e o Blog Ética nos Negócios estará sempre aberto ao Magazine Luiza.
Luiza Helena: Tive muito prazer em participar de um site que divulga tanto a ética. Um grande abraço.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
João Dória Jr.: CEO do Grupo Dória Associados
Blog: Acreditamos que a Atuação Responsável de uma empresa engloba, necessariamente, a Responsabilidade Ética, a Responsabilidade Social e a Responsabilidade Ambiental e, a essas responsabilidades, damos o nome de Tripla Responsabilidade Corporativa. Na sua opinião, qual a relevância da ética nos negócios e da responsabilidade social e ambiental na gestão e no dia-a-dia das empresas?
João Dória Jr.: Empresas modernas são empresas que respeitam seus funcionários, que respeitam também os Programas de Responsabilidade Ética, Social e Ambiental. Para isso, não importa o tamanho da sua empresa e nem sua área de atuação, o que importa é o seu grau de consciência ética e de responsabilidade.
Blog: Além disso, quais são os principais avanços alcançados pelas empresas nesta tripla responsabilidade neste início de século e o que pode ser melhorado?
João Dória Jr.: O Brasil melhorou muito nos últimos quinze anos no seu padrão de Responsabilidade Social e Ambiental. Apenas na ética não acompanhou o mesmo ritmo. Infelizmente, os exemplos negativos do setor público acabam, muitas vezes, contaminando o setor privado, especialmente aqueles que mantêm relações com os governos. Ainda temos um longo caminho para melhor o posicionamento ético, tanto no setor público quanto no setor privado no Brasil.
Blog: O Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios tem a principal função de fomentar a ética nos negócios e a responsabilidade social e ambiental, especialmente entre as crianças, jovens e adolescentes, em razão dos estudantes de hoje serem os futuros colaboradores, executivos, dirigentes e proprietários das empresas de amanhã. Para isso, conta com o Projeto RSC na Escola e com os Blogs Ética nos Negócios e Entrevista CEO. E, com estes projetos, acredita que possa contribuir com a formação de adultos-cidadãos e líderes socialmente responsáveis. O que você acha desta atuação?
João Dória Jr.: A proposta do Instituto Ética nos Negócios é louvável, sobretudo conscientizando os jovens da importância do respeito à ética. O grande movimento pela transformação do Brasil passa pela educação e neste sentido, passa também pelo ensinamento e obediência a ética junto às crianças e especialmente aos adolescentes.
Blog: Queremos voltar no assunto do EDH – Empresários pelo Desenvolvimento Humano para saber de que forma as empresas podem participar deste importante movimento.
João Dória Jr.: Empresas privadas podem ser voluntárias e apoiar os programas do EDH, mas essa colaboração passa, necessariamente, pela integração das empresas ao LIDE e a partir do LIDE terem uma atuação no plano social através do EDH. O trabalho de informações sobre o LIDE os leitores e participantes do Blog Ética nos Negócios podem consultar nosso Web Site.
Blog: Para finalizar, qual o conselho que você pode dar para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho ou àqueles que vislumbram crescer profissionalmente em suas empresas?
João Dória Jr.: O melhor conselho que eu posso oferecer aos jovens é confiar nas suas iniciativas, serem perseverantes, serem éticos, terem espírito de equipe, nunca perderem a humildade e colocarem os seus sonhos como objetivos a serem alcançados.
Blog: Foi uma enorme satisfação para o Blog Ética nos Negócios conversar com o João Dória Jr.. Nosso espaço estará sempre aberto para você. Um abraço grande.
João Dória Jr.: Eu queria agradecer o Blog mais uma vez pela oportunidade da entrevista, portanto fica aqui o meu sincero agradecimento.
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Paulo Skaf - presidente da FIESP
Blog: Quando falamos em indústria, imediatamente pensamos nas grandes empresas. A micro, pequena e média indústria também pode fazer parte da Fiesp? Existem serviços direcionados e na medida certa para este pequeno empresário? Como ele pode proceder para se filiar à Fiesp?
Paulo Skaf: Claro que as pequenas e microempresas podem fazer parte da Fiesp. E fazem! Devem filiar-se por meio dos sindicatos representativos de seus segmentos industriais. Em nossa gestão, uma das prioridades é a pequena e microempresa. Em sua defesa, temos atuado ao lado do Sebrae-SP e do Sebrae-Nacional. A mobilização da Fiesp foi decisiva para o encaminhamento e aprovação, na Câmara dos Deputados e no Senado, da Lei Geral da Micro e da Pequena Empresa, que melhorará muito as condições para a sua criação e desenvolvimento.
Blog: Acreditamos que o desenvolvimento econômico e o crescimento devam estar alicerçados no desenvolvimento sustentável que tem nas melhores práticas empresarias - aquelas que envolvem a ética nos negócios e a responsabilidade social e ambiental - seus pilares para a sustentabilidade, inclusive contribuem para a sobrevivência da própria empresa. Qual a participação da Fiesp neste ponto e quais as estratégias e ferramentas oferecidas às indústrias para auxiliá-las na formulação e implantação de uma política voltada para a Responsabilidade Social Corporativa (RSC)?
Paulo Skaf: A Fiesp tem-se pautado pela disseminação da ética e da responsabilidade social como pressupostos inalienáveis do desenvolvimento da indústria e do País. Exemplo disto se expressa no posicionamento e nas ações da entidade no campo ambiental. Entendemos que administrar de maneira eficiente o passivo ambiental é questão prioritária para a sustentabilidade das indústrias. Consciente desse compromisso, a Fiesp assessora os sindicatos e empresas associadas no cumprimento dos requisitos ambientais, conciliando-os com os interesses e negócios da indústria. Dentre as várias ações institucionais, a entidade organiza anualmente a Semana do Meio Ambiente, seminário internacional com workshops e entrega do Prêmio Fiesp do Mérito Ambiental. Visando a estimular o consumo racional e a preservação dos mananciais hídricos, criamos o Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso da Água. A meta é difundir boas práticas e medidas efetivas na redução do consumo e desperdício.
Blog: Já que estamos falando de meio ambiente. Uma das grandes preocupações do mundo atualmente é com o Aquecimento Global ocasionado pelo efeito estufa em razão do excesso de emissão de gases, especialmente o CO², na atmosfera terrestre. Esses gases são emitidos, em sua maioria, por veículos e pelas indústrias. Qual tem sido o posicionamento da indústria paulista neste sentido? E qual será a contribuição da Fiesp?
Paulo Skaf: Preocupação, aliás, muito justificada. Afinal, em setembro último, a Nasa, numa assustadora notícia, informou o mundo sobre o lamentável recorde do buraco na camada de ozônio. O risco é real! A indústria paulista, com todo o empenho e apoio da Fiesp, conforme explicitei anteriormente, busca cada vez mais o caminho da produção limpa, incluindo processos para mitigar a emissão dos gases do efeito-estufa. Isto é primordial.
Blog: Isso vale para qualquer segmento da indústria independente do seu porte? Por quê?
Paulo Skaf: Os compromissos com o ético, a responsabilidade social, a consciência ecológica e a sustentabilidade das atividades econômicas são valores inexoráveis dos sistemas produtivos e, portanto, de toda a ação da Fiesp.
Blog: O senhor pode comentar sobre as diretrizes e importância do ConSocial da Fiesp e qual sua importância neste contexto?
Paulo Skaf: Para tratar deste importante tema, a Fiesp constituiu o ConSocial - Conselho Superior de Responsabilidade Social Empresarial sob a coordenação do ex-ministro Paulo Renato de Souza, e integrado por personalidades como, por exemplo, Viviane Senna, fundadora e presidente do Instituto Ayrton Senna (IAS). Entendida como ferramenta para a competitividade, o crescimento e o lucro, a responsabilidade social vem sendo disseminada como instrumento de gestão de negócios, capaz de gerar resultados e benefícios para os trabalhadores e a comunidade, sobretudo para a empresa. Para isso, o Sistema Fiesp utiliza duas importantes ferramentas de difusão das boas práticas: o Programa Sou Legal, de combate à informalidade e à não-conformidade técnica dos produtos, e o Programa SESI de Qualidade no Trabalho (PSQT).
O PSQT oferece um diagnóstico gratuito para a empresa sobre as possibilidades de melhoria em sua gestão para gerar lucro e empregos, garantir a sustentabilidade da indústria, ter colaboradores satisfeitos e produtivos e, dessa forma, contribuir para o bem-estar social. As 100 empresas participantes da edição 2006, entregamos o Relatório de Consultoria.
Blog: Sabemos que o Brasil terá enorme destaque global nos Créditos de Carbono. O senhor pode explicar sobre este novo mercado e como as indústrias participantes contribuirão para a preservação do meio ambiente? E existem benefícios financeiros com esses créditos?
Paulo Skaf: Os créditos de carbono foram instituídos no âmbito do Protocolo de Kioto. Em síntese: as empresas brasileiras emissoras dos gases do efeito-estufa que realizarem projetos comprovadamente capazes de reduzir ou extinguir tais emissões podem vender essa equivalência em créditos de carbono. Isto significa exportar consciência ecológica, com direito a ganhar dinheiro com esta virtude.
Até 2012, quando terminará o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kioto, é importante que o Brasil possa desenvolver todo o seu potencial no desenvolvimento desses projetos de produção limpa, que geram divisas e empregos, além de contribuírem para a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Blog: Para finalizar este nosso bate papo. Qual o conselho que poderia ser dado aos futuros empresários quanto à importância e os benefícios de uma Gestão Responsável bem como da Ética nos Negócios?
Paulo Skaf: Vale a pena cultivar e praticar esses valores. Nosso país será tão bom quanto a nossa capacidade de promover o seu desenvolvimento sobre o alicerce da ética, justiça social, ambiente saudável e qualidade de vida.
Blog: Queremos agradecer a participação do Sr. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no Blog Ética nos Negócios e dizer que este espaço estará sempre à sua disposição.
Paulo Skaf: A satisfação é toda nossa! Até a próxima oportunidade e um abraço a todos.